Novas conexões e o caminho para construir marcas emocionais
- José Antonio Gonzalez
- 11 de jul. de 2018
- 3 min de leitura

Se sua marca não atender ao consumidor nativo digitalmente do mundo de hoje, perderá a confiabilidade de construir conexões profundas com ele
Até 2010, os aplicativos de mensagens eram uma novidade. O WhatsApp estava apenas começando e outros aplicativos de mensagens fora da opção nativa do seu telefone eram aplicativos pagos e com funcionalidade limitada.
Esses aplicativos prometiam reduzir o custo de envio de mensagens SMS para seus contatos, eles eram caros e aumentariam sua conta telefônica. Hoje, essa não é mais a razão pela qual os consumidores gastam a maior parte do tempo em aplicativos de mensagens, agora eles fornecem uma série de utilidades, tanto que o consumidor médio envia 200 mensagens diretas por dia, mas posta apenas uma ou duas vezes em suas plataformas de mídia social.
Com essa mudança na conectividade, como a sua marca está se conecta com o seu público-alvo?
As plataformas de mensagens estão aí, mas as empresas e marcas parecem que não se deram conta disso. O WhatsApp tem 1,5 bilhão de usuários mensais e mais de 55 bilhões de mensagens são enviadas por dia. O envio de mensagens é a atividade mais importante e demorada em dispositivos móveis, e as marcas vão perder se não fizerem algo para se conectar com os consumidores em seu habitat natural.
O WeChat, aplicativo de mensagens multifuncionais mais popular da China, tem mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais; 65% desses usuários nasceram nos anos 80 e 90, 83% deles compram produtos on-line e o usuário médio verifica o aplicativo pelo menos 10 vezes por dia.
Embora o Facebook tenha comprado o WhatsApp, o Messenger ainda é o aplicativo nativo de mensagens do Facebook, com 1,3 bilhão de usuários ativos em 200 países.
Todos são gratuitos e permitem que os usuários enviem mensagens de texto, conversem por vídeo, conversem por voz, enviem fotos, vídeos e anotações de voz. Os consumidores gastam tempo criando conexões com os amigos enquanto estão conectados a esses aplicativos, então por que sua empresa não constrói essa conexão emocional com os consumidores?
Hoje em dia, os consumidores são pessoas digitalmente nativas, vivem uma vida digital, com conhecimentos sociais e querem ser amigas das marcas, assim como as marcas querem ser amigas delas. Se sua marca não estiver disponível para atender às necessidades delas, estará perdendo uma grande oportunidade de se mostrar confiável e construir conexões mais profundas com seu público.
O mundo mudou do desktop para o celular nos últimos 10 anos e, durante esse período, a hiper conectividade tornou-se parte inegociável de nossas vidas. Consumidores não confiam em marcas, confiam em pessoas. Eles fazem uma compra com a recomendação de um amigo ou de uma outra pessoa na internet, então, por que não humanizar sua marca e começar a construir uma confiança entre a sua marca e o consumidor?
As estratégias tradicionais de marketing estão em constante evolução, mas podem fazer com que as marcas percam o contato e até se afastem do consumidor. É por isso que, recentemente, as marcas estão acelerando para outra “transformação digital”. Elas querem provar que ainda são relevantes e têm a capacidade de prosperar em um cenário digital em constante mudança. Mas como se pode esperar que uma marca mude autenticamente, quando as organizações ainda não olham para o digital como uma nova maneira de trabalhar?
Existe uma lacuna entre o modo atual de conexão e como os consumidores vivem suas vidas. É por isso que, ainda mais eficaz do que uma transformação digital, é colocar o consumidor no centro de suas estratégias e planos. As marcas precisam atender às necessidades dos consumidores, não forçá-los a reajustar seus hábitos.
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